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Bebê nasce com anticorpos contra Covid após mãe ser vacinada no último mês de gestação

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A dentista Karina Reis, de 36 anos e o bombeiro militar Emerson Lucena, de 39 anos, tiveram uma surpresa ao fazer o teste rápido de Covid-19 na filha, Anne Karoline, de 15 dias: a recém-nascida possui anticorpos contra a doença.

Anne nasceu no último dia 20 de maio, no hospital particular Unimed, em Boa Vista. A mãe havia recebido a primeira dose da vacina Astrazeneca, no nono mês de gestação.

De acordo com Karina, a testagem rápida para a Covid foi feita pelo pai, Emerson, no dia seguinte ao nascimento de Anne. A surpresa foi recebida com alívio pela família.

“Apesar dos anticorpos não significarem que ela não vai pegar a doença, é um alívio saber que ela tá protegida. Em um caso mais grave, ela não vai ter nenhuma infecção com consequências maiores”, relata Karina Reis.

Anne Karoline testou positivo para anticorpos contra a Covid-19. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

Anne Karoline testou positivo para anticorpos contra a Covid-19. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

“O teste foi feito no dia posterior. Ela nasceu no dia 20 e no dia 21 o pai dela fez o teste. Ele de vez em quando fazia o meu teste rápido. Depois que eu fui vacinada, ele fez novamente e viu que estava com os anticorpos. Então, teve a curiosidade de saber quando ela nasceu, se teria também os anticorpos. Foi um alívio”, relembra Karina Reis.

O pai, Emerson, conta que já havia lido estudos a respeito da transferência de imunização da mãe para o bebê por meio da placenta, por isso decidiu fazer a testagem rápida em Anne Karoline.

Família relata o alívio ao saber que Anne Karoline havia nascido com os anticorpos da Covid-19. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

Família relata o alívio ao saber que Anne Karoline havia nascido com os anticorpos da Covid-19. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

“Um dia após o nascimento, por curiosidade, fizemos o teste nela [Anne]. Foi quando tivemos como resultado o reagente de anticorpos contra a Covid-19. Os poucos estudos que existem a respeito, apontam nesse sentido. Sobre a imunização via placenta. No caso, ela [a mãe] tomou a primeira dose cerca de 20 dias antes do parto”, relata o bombeiro militar.

O casal conta ainda que em outubro de 2020, eles e o filho mais velho pegaram Covid e se recuperaram da doença. Os dois, por serem da área da saúde e de forças de segurança, foram vacinados.

“Eu fui vacinada em um período diferente do meu marido, pois estava com receio. Só fui tomar a dose após liberarem para as gravidas. Ele já tomou a segunda dose e eu ainda não”, afirma Karina, que relembra o período em que a vacinação das gravidas com a Astrazenca foi suspendida em Boa Vista.

Mãe, pai e Anne Karoline. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

Mãe, pai e Anne Karoline. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

A dentista reitera ainda a importância da vacinação de gestantes contra o vírus da Covid-19.

“É muito importante a gente se proteger e se vacinar. Porque, se eu não tivesse me vacinado, a Anne hoje não teria nascido com os anticorpos. Então, é muito importante a gente se proteger, principalmente a gestante, e o seu filhinho que está na barriga”, diz Karina.

Emerson relembra que mesmo com a imunização, é importante manter medidas de cuidado para evitar o contágio com o vírus.

“Isso que aconteceu não exclui as medidas não farmacológicas que a gente continua adotando. Distanciamento social, uso de mascaras, higienização das mãos […] Essa pandemia não acabou e o fato delas estarem com anticorpos, não quer dizer que elas não vão pegar a doença. Elas podem pegar sim, por isso, temos que manter esse cuidados”, reitera o bombeiro militar Emerson.

Anne Karoline não é a primeira bebê a nascer com anticorpos para a Covid-19 no Brasil. Além dela, outros bebês também tiveram a mesma sorte, como a Anna Carolina, de Pernambuco e Enrico, de Santa Catarina.

Informações sobreanticorpos contra a Covid-19 em bebês, ainda são preliminares. Os pesquisadores alertam que mais estudos são necessários para saber a quantidade de anticorpos presentes em recém-nascidos de mães vacinadas antes do parto. A duração da proteção do anticorpo também é desconhecida.

Anne Karoline foi testada no dia posterior ao seu nascimento. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

Anne Karoline foi testada no dia posterior ao seu nascimento. — Foto: Josivan Antelo/Rede Amazônica

Ao G1, o diretor técnico da Unimed, o médico Messias Neto, reconhece a testagem positiva em Anne Karoline, mas diz que não houve o registro por parte do hospital.

“Nós não fizemos esse tipo de notificação em relação ao caso, pois, para isso, precisamos de autorização da família e outros procedimentos burocráticos para que seja feita a divulgação”, explica o diretor.

Por meio de nota, a Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS) do governo de Roraima informou que não obteve as informações oficiais a respeito do caso “porque não há um fluxo estabelecido para esse tipo de situação, uma vez que a criança nasceu em hospital particular, o exame também foi feito em laboratório particular, e a informação foi divulgada pelos pais”.

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